quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Primavera

Do Brasil para o mundo...



Nome científico: Bougainvillea glabra / Bougainvillea spectabilis
Nome popular: Primavera, três-marias, buganvília, buganvile, sempre-lustrosa, santa-rita, ceboleiro, roseiro, roseta, pataguinha, pau-de-roseira, flor-de-papel
Família: Nyctaginaceae
Divisão: Angiosperma
Origem: Brasil
Ciclo de vida: Perene


·     De origem brasileira, a primavera (Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra) é uma espécie rústica, que exige poucos cuidados. Seu nome foi dado em homenagem ao francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em nosso país, por volta de 1790, e a levou para a Europa, onde se tornou famosa e foi difundida para o resto do mundo. 


As belas e coloridas "flores" da primavera não são exatamente as flores da planta: são brácteas (folhas modificadas) que envolvem as verdadeiras, e relativamente insignificantes, flores amareladas. O conjunto resulta numa aparência exótica, encontrada nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja.




Por ser uma espécie muito hibridada, já se obteve brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive bicolores - e também a forma variegada. Quando adulto esse arbusto escandente e espinhento pode atingir de 5 a 10 metros de comprimento. A primavera é uma planta muito rústica, que necessita de poucos cuidados e se adapta a diversos tipos de clima; sendo, inclusive, bastante resistente a mudanças bruscas de temperatura.


É certo, porém, que os coloridos mais vibrantes e intensos desta planta são encontrados em locais de clima quente e úmido. A spectabilis ocorre em cores mais intensas que a espécie glabra (em tom róseo suave), mas a glabra resiste mais ao frio do Sul. Pode ser conduzida com arbusto, arvoreta, cerca-viva e como trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte.


Cultivo

Devem ser cultivadas em solo fértil e bem drenado, previamente preparado com adubos químicos ou orgânicos. A primavera gosta de sol pleno, clima quente e úmido, e suporta solos mais secos. As regas podem ser feitas aproximadamente de 15 em 15 dias. A frequência só deve ser aumentada nos primeiros meses após o plantio ou em épocas muito quentes.  Floresce principalmente na primavera e verão e esporadicamente durante o ano.   
A poda dos ramos não deve ser feita com a planta florida, aguardar a época vegetativa para dar a forma desejada ao arbusto. Recomenda-se fazer uma poda de limpeza periodicamente, removendo galhos secos e doentes, para favorecer o bom desenvolvimento da primavera e estimular sua floração constante. Após a poda é aconselhável realizar uma boa adubação, usando adubos orgânicos ricos em Fósforo (P). Em geral, as primaveras devem ser adubadas preferencialmente com material orgânico (esterco bem curtido, torta de mamona ou farinha de ossos). No caso de optar pelo adubo químico, a recomendação é aplicar uma formulação NPK 10-20-15 ou aproximada, com predominância do P (Fósforo) da fórmula.  

Propagação:
Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia de ramos mergulhados em enraizadores e colocados em casca de arroz carbonizada ou areia mantidos úmidos. 


Pragas:
Apesar de rústica, a primavera pode ser atacada por lagartas (que devem ser eliminadas pela catação manual) e doenças fúngicas. Se o problema for muito grave, indica-se borrifar a planta com um bom fungicida, tomando sempre o cuidado de não encharcar o seu solo, para evitar o acúmulo de umidade.

Ambiente e uso decorativo:
A bugainvilea é uma das trepadeiras mais bonitas para o paisagismo, caracterizando nosso clima tropical e colorido. Todas as regiões do Brasil podem cultivá-la com grande efeito paisagístico num jardim. Pode ser colocada numa pérgola com uso de ambiente de lazer com mesas e cadeiras, onde seu colorido empresta um belo contraste com móveis claros. Seu uso em grandes vasos em jardins com piscinas, em arcos para acabamento de corredores ensolarados e para muros e paredes faz dela uma das plantas mais procuradas para projetos.
Algumas são comercializas em grandes vasos, troncos grossos e retorcidos, muito ornamentais. Tratam-se de mudas mais velhas, às vezes matrizes que são comercializadas para dar lugar a novas. Tem aparência de bonsais, ficam muito interessantes junto a piscinas, terraços e solitárias sobre gramados. Mas, além de muito caras, já não florescerão tanto quanto uma muda nova e vigorosa.





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Manga...



Nome científico: Mangifera indica
Família: Anacardiacea
Nome comum: mangueira, manga
Origem: Índia e Burma




A manga é nativa da Índia e foi trazida de Goa pelos colonizadores portugueses. Seu sabor delicioso e exótico faz com que seja apreciada no mundo todo. Além de gostosa, a manga é também altamente nutritiva rica em fibras, proteínas, sais minerais e vitaminas (A, B, C). 
O Brasil é um grande produtor de manga e está entre os oito maiores produtores mundiais dessa fruta, junto com o México, as Filipinas, a Índia, o Paquistão e a África do Sul. Existem quase QUINHENTAS variedades da fruta!

A mangueira é uma árvore de grande porte, com copa bem enfolhada podendo variar de tamanho de acordo com a variedade, fertilidade do solo, idade e do porta-enxerto.

Em geral, as plantas não enxertadas podem atingir 40 metros de altura, enquanto nas culturas comerciais e plantas enxertadas, chegam a 7 metros. Para impedir o crescimento excessivo da copa, são feitas podas controladas de formação e de produção. Plantas de menor porte facilitam o trabalho para controle de pragas e de doenças e na operação de colheitas.

As folhas são grossas, coriáceas, inteiras, lanceoladas, verde-escuras na parte superior, a nervura principal e as secundárias são salientes e a coloração amarelo-esverdeada. Na extremidade dos ramos, forma-se uma inflorescência denominada panícula. Normalmente, a planta floresce e frutifica uma vez por ano, mas, com a adoção de técnicas especiais, como poda e aplicação de hormônios de crescimento ou a combinação de estresse hídrico por 30 a 70 dias e com a aplicação foliar de nitrato de potássio ou cálcio, consegue-se provocar o florescimento e frutificação mais de uma vez ao ano e na época desejada.

No Brasil, essas técnicas são usadas com sucesso, principalmente, no Vale do São Francisco, nos estados de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. As primeiras flores a se abrir nas panículas são hermafroditas (30%), elas têm os dois sexos juntos, e depois vêm as masculinas (70%). Numa única panícula, formam-se de 400 a 17.000 flores, mas somente algumas delas resultam em frutos e atingem a fase de colheita. Em geral, duas doenças causadas por fungo, o oídio e a antracnose, podem destruir totalmente as flores. A mangueira se desenvolve e frutifica bem em clima quente, não tolerando geada.

A propagação é feita através de enxertia de uma variedade desejada em um porta-enxerto de outra variedade de mangueira. Plantas enxertadas são recomendadas porque nos pomares a época de frutificação, o tamanho e a cor dos frutos ficam uniformes. Em plantas enxertadas, a frutificação pode ocorrer a partir do segundo ano e, comercialmente, no terceiro ou no quarto ano. O fruto tem uma casca externa e, logo abaixo, a polpa que pode ser fibrosa (“fiapos”) ou com pouca fibra e um caroço (semente) grande ou pequeno conforme a variedade. Externamente, a cor do fruto pode ser vermelha, roxa, amarela ou verde, em várias tonalidades relacionadas às variedades, assim com o seu tamanho. As comerciais mais conhecidas e exportadas têm as seguintes características: Haden, casca amarelo-avermelhada, peso médio 480 gramas; Tommy atkins, vermelho-amarelada, peso médio 580 gramas.   

A manga apresenta uma polpa carnosa, algumas vezes fibrosa, amarela em diversos tons, rica em terebintina, um óleo-resina, e de agradável paladar ao natura, como fruta fresca, ou em pedaços em caldas, sucos, néctar, geleias e sorvetes. 
A manga tem também poder medicinal, ajuda a tratar anemias, bronquites (asmáticas e catarrais), desnutrição, escaras, escorbuto, feridas (incluindo as bucais), gengivites, tosses e úlceras varicosas.   

Variedades que podem ser encontradas na MUDAS ORLANDI:

- Haden: grande, de cor vermelho - amarelada, em forma de coração, doce e sem fibras
- Tomiate: polpa cor amarelo escura, com textura firme e consistente, fibras finas e abundantes.
- Espada: forma alongada e achatada dos lados, cor verde (mesmo quando madura).
- Bourbon: casca verde - amarelada com polpa muito saborosa.
- Palmer: casca roxa - avermelhada, polpa amarela, firme e saborosa