sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

 PALMEIRA RÁFIA - PLANTA DE SOMBRA


 IXÓRIA - MINI - PLANTA DE SOL PLENO - ALT. MÁXIMA DE 1 M



 JABUTICABEIRA HÍBRIDA - BEM ADUBADA E COM BASTANTE ÁGUA, PRODUZ O ANO TODO - USADA TAMBÉM NAS DECORAÇÕES


 PALMEIRA LICUÁLA - DE SOMBRA


 PATA DE ELEFANTE (NOLINA) - PLANTA DE PLENO SOL



 ZAMIOCULCAS - PLANTA DE SOMBRA 



PALMEIRA FÊNIX NA DECORAÇÃO

BONSAI DE MAÇÃ - 22 ANOS....QUEM DÁ MAIS???
DOU - LHE UMA, DOU - LHE DUAS...

BANANA! QUEM NÃO GOSTA?

CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA A BANANEIRA






Ana Lúcia Borges1 e Luciano da Silva Souza2


A bananeira (Musa spp.) é uma planta exigente em nutrientes e o suprimento deles é feito pelo solo sendo, muitas vezes, necessária a aplicação de calcário e fertilizantes. Assim, para uma recomendação correta de calagem e adubação, objetivando produtividade viável econômica e ambientalmente, é fundamental a análise química do solo em laboratório, a qual avalia a disponibilidade de nutrientes ou o excesso de elementos tóxicos no solo para a planta.
As amostras de solo devem ser coletadas nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm em áreas cultivadas pela primeira vez com bananeira. Em alguns casos pode-se recomendar a amostragem na profundidade de 40-60 cm. O número de amostras simples não deve ser inferior a 20 pontos por gleba homogênea, sendo ideal em torno de 30 pontos, principalmente em solos argilosos e aluviais.
Nos bananais em produção, recomenda-se que a análise química do solo seja feita preferencialmente a cada seis ou 12 meses, na profundidade de 0 a 20 cm, a fim de permitir o acompanhamento e a manutenção dos níveis adequados de nutrientes durante o ciclo da planta. Nesse caso, a coleta das amostras deve ser feita na região de aplicação do fertilizante, onde as raízes da bananeira se desenvolvem, ou na faixa úmida da área, quando a adubação for via água de irrigação, sempre obedecendo ao prazo de, no mínimo, 20 a 30 dias após a última adubação.
Calagem
A calagem, quando recomendada, deve ser a primeira prática a ser realizada, com antecedência mínima de 30 dias do plantio, preferencialmente. O calcário deve ser aplicado a lanço em toda a área. Aplica-se primeiro a dose recomendada para a profundidade de 20 a 40 cm. Para incorporar o calcário deve-se realizar uma escarificação com hastes retas para atingir 30 cm de profundidade. Embora o escarificador não revolva o solo, como o arado, a água das chuvas encarregar-se-á de conduzir/transportar o calcário aplicado, para a macroporosidade do solo ampliada pelo escarificador, atingindo assim uma maior profundidade. Aguardar 10 a 15 dias e aplicar a dose de calcário recomendada para 0 a 20 cm, seguida de nova escarificação. Aguardar mais 15 a 20 dias para realizar o plantio. Caso não seja possível o uso do escarificador, tanto pela topografia superior a 8 %, quanto pela indisponibilidade do implemento, a incorporação do calcário pode ser efetuada na época da ceifa ou capina da vegetação natural. Neste caso, aplica-se apenas a quantidade de 0a 20 cm.
Recomenda-se o uso de calcário dolomítico (25% a 30% de Ca e > 12% de Mg), que contém cálcio (Ca) e magnésio (Mg), evitando assim o desequilíbrio entre potássio (K) e Mg e, consequentemente, o surgimento do distúrbio fisiológico denominado “azul da bananeira” (deficiência de Mg induzida pelo excesso de K). A recomendação de calagem deve basear-se na elevação da saturação por bases (V) para 70% (Equação 1). Além disso, adicionar 300 g de calcário na cova de plantio, em solos com pH em água inferior a 6,0.



onde:
NC = necessidade de calagem (t/ha);
V2= 70 (saturação por bases do solo, em %, que se pretende alcançar);
V1= saturação por bases do solo (%) revelada pela análise química do solo;
CTC = capacidade de troca catiônica (cmolc/dm3); e
PRNT = poder relativo de neutralização total (%) do calcário, informação que deve constar na embalagem do corretivo.

Adubação

As quantidades de fertilizantes recomendadas nas fases de plantio, formação e produção da bananeira são baseadas na análise química do solo e na produtividade esperada.

1) Adubação de plantio

Nitrogênio (N):o nitrogênio aplicado no plantio deve ser na forma orgânica (75 kg/ha, preferencialmente como esterco bovino curtido). A adubação orgânica é importante para manter o solo produtivo, pois exerce efeitos benéficos sobre seus atributos físicos, químicos e biológicos. As fontes orgânicas a serem aplicadas nas covas de plantio, principalmente em solos arenosos e de baixa fertilidade, dependem da sua disponibilidade e as quantidades variam de acordo com os teores em nutrientes dos diversos materiais. De maneira geral, recomenda-se de 15 a 20 litros de esterco de curral por cova.
Fósforo (P): o fósforo favorece o desenvolvimento vegetativo e o sistema radicular; é praticamente imóvel no solo e, por isso, deve ser aplicado na cova de plantio (0 a 120 kg/ha de P2O5). Solos com teores acima de 30 mg/dm3 dispensam a adubação fosfatada. As fontes de fósforo recomendadas são o superfosfato simples (18% de P2O5, 20% de Ca e 11% de S), o superfosfato triplo (42% de P2O5 e 14% de Ca) ou o termofosfato magnesiano (17% de P2O5, 18% de Ca e 7% de Mg). Em solos com pH em água maior que 6,5 e plantios com mudas micropropagadas, o MAP (48% de P2O5 e 9% de N), que contém fósforo e nitrogênio, é uma fonte permitida.
Potássio (K): quando a análise química do solo julgar necessário, pode-se utilizar adubos químicos potássicos no plantio (20 kg/ha de K2O), levando em consideração também o balanço K:Ca:Mg. O potássio estimula o desenvolvimento do sistema radicular. A fonte mais utilizada é o cloreto de potássio (58% de K2O e 45% de Cl), podendo ser aplicado o sulfato de potássio (50% de K2O e 16% de S) e o sulfato duplo de potássio e magnésio (18% de K2O, 4,5% de Mg e 23% de S).
Micronutrientes:os micronutrientes boro (B) e zinco (Zn) são os que, normalmente, causam mais deficiências na bananeira. Se o solo apresentar teor de B (água quente) inferior a 0,21 mg/dm3, recomenda-se aplicar 2 kg/ha de B. O boro pode ser suprido pelo bórax (11% de B) ou ácido bórico (17% de B).
Para teores de Zn no solo (Mehlich-1) inferiores a 0,60 mg/dm3, recomenda-se 10 kg/ha de Zn. A fonte de zinco mais utilizada é o sulfato de zinco (20% de Zn e 17% de S).
Caso não se tenha análise química do solo para micronutrientes, recomenda-se aplicar 50 g de FTE BR12 na cova de plantio.

2) Adubação de formação

O nitrogênio (N) mineral, de maneira geral, deve ser suprido a partir dos 30 dias até 360 dias após o plantio, na dose de 150 kg/ha. A uréia (44% de N) e o sulfato de amônio (20% de N e 23% de S) são as fontes mais utilizadas.
A recomendação de potássio nessa fase de crescimento da planta é baseada na análise química do solo, cujas quantidades variam de 0 (teores no solo acima de 0,60 cmolc/dm3) a 430 kg/ha de K2O (teores abaixo de 0,15 cmolc/dm3).

3) Adubação de produção

As quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) recomendadas para a bananeira na fase de produção são baseadas na produtividade esperada, e, apenas para P (0 a 160 kg/ha de P2O5) e K (0 a 750 kg/ha de K2O), levam em consideração também os teores desses nutrientes no solo. Além disso, a cada seis meses sugere-se aplicar 20 litros de esterco de curral curtido por família em solos argilosos, e a cada quatro meses em solos de textura arenosa. A quantidade de N recomendada varia de 150 a 270 kg/ha, dependendo da produtividade esperada.
Vale lembrar que a adubação de manutenção do bananal deve basear-se nos resultados das análises químicas de solo e folhas, na idade e produtividade do bananal (exportação de nutrientes), na variedade plantada e na ocorrência de sintomas de deficiências nutricionais, sempre segundo as recomendações do técnico responsável.
Parcelamento das adubações
O parcelamento da adubação vai depender da textura e da capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, bem como do regime de chuvas e do manejo adotado. Em condições de sequeiro, o adubo deve ser aplicado durante o período de chuva, quando o solo estiver com umidade. Em solos arenosos e com baixa CTC, deve-se parcelar semanalmente ou quinzenalmente. Em solos mais argilosos, as adubações podem ser feitas mensalmente ou a cada dois meses, principalmente nas aplicações na forma sólida.

Localização dos fertilizantes

As adubações em cobertura devem ser feitas em círculo, numa faixa de 10 a 20 cm de largura e de 20 a 40 cm distantes da muda, aumentando-se essa distância com a idade da planta, podendo ser aplicado em cima da palhada. No bananal adulto, os adubos são distribuídos em meia-lua, em frente às plantas filha e neta. Em terrenos inclinados, a adubação deve ser feita em meia-lua, do lado de cima da cova e ligeiramente incorporada ao solo. Em casos de plantios muito adensados e em terrenos planos, a adubação pode ser feita a lanço, nas ruas.

Referência
BORGES, A.L; RAIJ, B. van; MAGALHÃES, A.F. de; BERNARDI, A.C. de. Nutrição e adubação da bananeira irrigada.Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2002. 8p. (Embrapa-CNPMF. Circular Técnica, 48).
***
1Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Caixa Postal 007, CEP 44380-000 – Cruz das Almas–BA.E-mail: analucia@cnpmf.embrapa.br.
2Professor adjunto do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, CEP 44.380-000 Cruz das Almas–BA. E-mail: lsouza@ufrb.edu.br.

Data Edição: 05/01/2011
Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

IPÊ NOSSO DE CADA DIA...



ESTE É O IPÊ MAIS LINDO...MAIS QUE  LINDO... ELE É BRANCO...ELE É DO NOSSO QUINTAL...ELE FLORESCE E NOS ENCANTA...ESTE É O IPÊ DA MUDAS ORLANDI...

ENDEREÇO

ATENÇÃO: NOSSO MARCADOR NO GOOGLE MAPS, ESTÁ MARCANDO ERRADO, ELE MARCA ESQUINA COM AV. ARTHUR THOMAS, PEDIMOS DESCULPA, JÁ TENTAMOS CORRIGIR MAS, NÃO CONSEGUIMOS, PORTANTO VEJAM COM ATENÇÃO A LOCALIZAÇÃO CORRETA:
ESTAMOS NA RODOVIA CELSO GARCIA CID, 771, AO LADO DO POSTO PIRÂMIDE EM CAMBÉ

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O "AMOR PERFEITO" ESTÁ NO AR





AMOR PERFEITO
•         Nome Científico: Viola x wittrockiana
•         Nome Popular: Amor-perfeito, amor-perfeito-de-jardim, violeta-borboleta
•         Família: Violaceae
•         Divisão: Angiospermae
•         Origem: Ásia e Europa
•         Ciclo de Vida: Perene
       O amor-perfeito é a rainha dos jardins no inverno com uma beleza delicada que encanta a todos. 


Uma planta rústica e que exige poucos cuidados. É encontrada em duas famílias, a das Violáceas e a das Scrophularcáceas. Trata-se de uma Herbácea de pequeno porte anual e que costuma ser cultivada como bordaduras e forraçoes Suas origens são os continentes europeu e asiático (Vietnã).

O amor-perfeito é uma planta de ciclo anual, que atinge altura entre 20 e 25 cm, se propaga através de sementes no outono, caracterizada por caule curto e ramificado, com folhas lisas, cerosas e denteadas. São cultivadas em canteiros férteis, de boa drenagem, no entanto úmidos e a pleno sol. Preferem clima ameno.

Suas flores se apresentam de maneira isolada ou agrupadas em hastes florais. Florescem principalmente durante o inverno e primavera. São flores geralmente violetas e rosas, podendo apresentar também várias cores.



Devem ser também protegidas de ventos fortes. O solo ideal deve ser arenoso e rico em matéria orgânica. O Amor-perfeito precisa ser regado de duas a três vezes por semana.

 As mudas devem ser transplantadas para o local definitivo, quando atingirem 10 cm de altura. O transplante deve ser feito pela manhã ou a tarde precedido de uma irrigação.

É preciso adubar uma vez com farinha de osso, farinha de peixe ou torta de algodão e também usar fosforita, superfosfato, termofosfato ou NPK rico em P.



O canteiro deve ser preparado com antecedência, revolvendo-se o solo e acrescentando uma mistura de esterco bem curtido e fertilizante, na proporção de 2,5 kg para cada 30 m2.

Fonte:www.dicasdejardinagem.com.br





sexta-feira, 8 de junho de 2012

PLÁTANO


PLÁTANO
Nome popular: Plátano.
Nome científico: 
Platanus x hispanica Mill. ex Munchh (Pkitanusxhispanica Mill. ex Munchh) 
Origem: Nativa da Eurásia (
massa que forma em conjunto a Europa e a Ásia) e da América do Norte
Gênero: Platanus
Família: Platanaceae
O nome latino Platanus, deriva do grego “piatanos”. Este termo resulta do grego “piatys ”, que significa “largo”, numa possível alusão à ampla copa desta frondosa árvore.
De climas subtropicais e temperados, o Plátano tornou - se conhecido pela representação de sua folha estilizada no centro na bandeira do Canadá.
As duas barras verticais vermelhas significam os oceanos pacíficos e atlântico, a barra branca o território de Canadá enquanto que a folha estilizada representa as matas cobertas de Plátanos (árvore típica canadense).

Os plátanos árvores de interesse ornamental podendo atingir mais de 30 metros de altura, têm uma característica muito especial: aguentam bem a poluição. Por essa razão são uma boa escolha para se plantar nas cidades.
Os plátanos são, Cultivados há muitos anos como árvores de parques e arruamentos, em alguma cidades brasileiras, como por exemplo,

Campos do Jordão/SP,

 


Fraiburgo/SC,




 Porto Alegre/RS, que possui árvores centenárias de beleza espetacular.


 

Os plátanos possuem folhas lobadas que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, desenvolvendo-se melhor em solos frescos e profundos. Isolado dá lugar a uma árvore de copa enorme, com muitos ramos e um tronco curto e grosso. Por vezes é costume podá-lo com alguma regularidade.
 São características dos plátanos a casca, com as suas manchas e as folhas, parecidas com as do ácer.
Os plátanos vivem intensamente as estações do ano. Na Primavera, ficam cheios de rebentos e folhas novas de um verde claro, no Verão os plátanos ficam frondosos e cheios, oferecendo uma sombra muito agradável, no outono, as folhas tornam-se totalmente amarelas e no Inverno perdem toda a folhagem ficando totalmente despidos apenas com o tronco e os ramos, por isso é uma árvore de folha caduca.
 Observar um plátano, é observar o desenvolvimento das estações do ano e, consequentemente, o andar do tempo.
APLICAÇÕES
A madeira do plátano é dura e muito resistente, sendo muito parecida com a da faia. Esta madeira, pardo-amarelada é utilizada em marcenaria e carpintaria, sendo também um bom combustível.
Como esta árvore tem o tronco esverdeado e uma copa muito ampla, é considerada das me­lhores árvores no combate à poluição do ar citadino. Por isso foi uma árvore muito plantada na cidade de Londres, quando ali se deu início, há décadas, ao combate ao conhecido “smog”, nevoeiro londrino.
Sua madeira é usada na produção de lenha, pisos, paredes e barroteamento na construção civil, cabos de ferramentas, puxadores e espelhos de luz, artesanato e móveis. Recentemente, o plátano tem sido plantado para obtenção de madeira utilizada na fabricação de móveis vergados. A madeira da árvore foi apontada como a melhor alternativa para o fornecimento de matéria-prima nobre ao setor moveleiro em substituição às espécies nativas.
Entre as qualidades do plátano destaca-se a flexibilidade. As pesquisas realizadas até agora mostram que a espécie pode ser cortada entre 10 e 15 anos. A árvore cultivada no Brasil é o Platanus x acerifolia, uma espécie híbrida que chegou à região Sul com os imigrantes italianos, ainda no século XIX, fruto do cruzamento espontâneo da árvore européia Platanus orientalis com a canadense Platanus occidentalis. O plátano se adapta melhor ao Sul do Brasil devido ao clima frio. As mudas produzidas pela árvore são obtidas pelo método de estaquia.
CURIOSIDADE
Há quem diga que a sua madeira é de excelente sonoridade e que o famoso violino “Stradivarius” , foi construído com a madeira dessa espécie de árvore. Na década de 1960 um Senhor, morador de Tatuí-SP., visitou a cidade de Campos de Jordão. Em suas andanças pela Cidade, vendo um exemplar de plátano que havia sido cortado e estava tombado próximo a uma de nossas avenidas, pediu autorização para o Prefeito Municipal da época e levou parte da madeira dessa árvore para sua Cidade. Como era especialista na construção de instrumentos musicais de corda e pertencia ao famoso Conservatório Musical de Tatuí, construiu alguns violinos e fez questão de encaminhar um exemplar como presente para a Prefeitura Municipal, de Campos do Jordão como gratidão.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Guaraná

Nome científico: Paullinia cupana
Nome popular: Guaraná
Família: Sapindaceae
Origem: Amazônia


O guaranazeiro (Paullinia cupana, variedade sorbilis (Martius) Duke) que produz o fruto conhecido como guaraná é uma planta nativa da Amazônia. É uma espécie vegetal arbustiva e trepadeira da família das sapindáceas, cujo nome provém do termo indígena "varana", que significa árvore que sobe apoiada em outra. O guaraná é um importante e tradicional cultivo no Estado do Amazonas. É uma planta genuinamente brasileira de grande importância econômica e social. Esta importância é evidenciada na demanda de sementes pelas indústrias de bebidas, para atender ao promissor mercado de refrigerantes e energéticos, tanto o nacional como o internacional. Cultivado, inicialmente, na Amazônia pelos índios maués hoje o maior produtor é o estado da Bahia. O cultivo é de grande importância sócio - econômica para a região por ser explorado por pequenas propriedades e por ser uma atividade típica de agricultura familiar.

 
CLIMA E SOLO
 Espécie adaptada à baixa altitude, clima quente e úmido com 85% de umidade relativa, 26ºC de temperatura média anual e precipitação anual entre 1.500 a2000 mm. Os solos onde normalmente são plantados os guaranazeiros são de terra firme, profundos, bem drenados, porém quimicamente pobres. Plantios comerciais em solos férteis têm apresentado índices maiores de desenvolvimento vegetativo e de produtividade. 


PREPARO DE MUDAS
A propagação do guaranazeiro por sementes é dificultada devido às suas características de perda rápida da viabilidade, não suportando desidratação acentuada nem baixa temperatura, enquadrando-se no grupo de sementes recalcitrantes. Além disso, a constituição genética altamente heterozigótica do guaranazeiro faz com que as características desejáveis sejam perdidas imediatamente, se forem propagadas por sementes, devido à segregação dos genes. As mudas propagadas por sementes devem ser oriundas de matrizes de alta produtividade e qualidade de frutos. A semente de guaraná perde o seu poder germinativo com cerca de 7 dias, daí a necessidade da urgência em realizar a semeadura, para a obtenção das mudas bem formadas. O período de formação das mudas é em média 18 meses após a semeadura. As fotos abaixo revelam a grande variabilidade genética da espécie.

            PLANTIO
O plantio  pode ser feito durante o ano inteiro, recomendando-se, entretanto o aproveitamento dos dias chuvosos para realização do mesmo. As covas devem ser abertas com as dimensões de 40cm em todas as direções e previamente adubadas com matéria orgânica com pelo menos 30 dias antes do plantio das mudas. Para o plantio definitivo faz-se uma seleção das mudas no viveiro, aproveitando as mais vigorosas. Os espaçamentos mais recomendados são de 4 x 4m e 5 x 4m. 
   
TRATOS CULTURAIS
As mudas de guaraná recém-plantadas devem ser mantidas livre do mato, evitando a concorrência em água, luz e nutrientes. Para tanto recomendam-se 2 limpas e 4 coroamentos no ano. O coroamento deve ser feito em círculo a uma distância de 1,50m em volta da planta nos dois primeiros anos e 2,0 m nos anos subseqüentes. A poda de formação é utilizada nos três anos iniciais após o plantio. Devem ser mantidos apenas 3 lançamentos emitidos a partir de uma altura de 30 cm do solo. O caule principal deve ter o seu broto terminal podado com cerca de 1,70 m a fim de formar uma copa mais densa e evitar o seu tombamento por excesso de altura. A adubação é indispensável, para tanto convém realizar a análise química do solo. A primeira adubação básica é feita 3 meses após o plantio. A quantidade de fertilizante pode variar com a idade da planta

PRODUTIVIDADE E COLHEITA
Áreas comerciais de guaranazeiros tecnicamente bem conduzidos alcançam produtividade média em torno de 1.000 kg de amêndoas secas por ha/ano a partir do sétimo ano do plantio. A colheita é manual, retirando-se os frutos maduros (abertos) ou os cachos. Após a colheita, os frutos devem ser amontoados num galpão por dois a três dias, para uma leve fermentação. Em seguida, são despolpados, manualmente ou por meio de máquinas despolpadeiras, secados ao sol ou com auxílio de secador artificial. A secagem artificial deve lenta e durar em torno de quatro a cinco horas até atingir em torno de 9% de umidade. Temos, assim, o grão de guaraná torrado, conhecido como guaraná em rama

PRODUTOS, SUBPRODUTOS E USOS
 O guaraná é usado na indústria farmacêutica e na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos, pó e bastões. São atribuídos ao guaraná, entre outras, as seguintes propriedades: estimulante, afrodisíaco, ação tônica cardiovascular, combate a cólicas, nevralgias e enxaquecas e ação diurética e febrífuga. O uso terapêutico da cafeína pode causar dependência psíquica e síndrome da abstinência; cosmético, no tratamento de pele oleosa e celulite (USP, 2004). O guaraná contém: cafeína, proteína,açúcares, amido,tanino,potássio, fósforo, ferro, cálcio, tiamina e vitamina A. O teor da cafeína na semente do guaraná pode variar de 2,0 a 5,0 % (do peso seco), maiores que os do café (1 a 2%), mate (1%) e cacau (0,7%).