quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ipê Roxo


- Família: Bignoniaceae
- Gênero:
 Tabebuia
- Nome Científico: Tabebuia impetiginosa
- Nome popular: cabroé, graraíba, ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto, ipê-rosa, ipê-roxo-anão, ipê-uva, pau-d’arco, pau-d’arco-rosa, pau-d’arco-roxo, peúva, piuva.
- Origem: América do Sul
- Ciclo de Vida: Perene


      É o primeiro dos Ipês a florir no ano, inicia a floração em junho e pode durar até agosto, conforme a árvore. São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido.

    É comum a confusão entre as diversas espécies de ipê-roxo ou ipê-rosa, por este motivo e por razões práticas reuniremos informações comuns às espécies mais utilizadas na arborização urbana. O ipê-roxo é uma árvore decídua, característica das florestas semi-decídua e pluvial.


    Ocorre tanto no interior da floresta primária densa, como nas formações abertas e secundárias. Ele apresenta folhas compostas e palmadas, com 5 folíolos que caem no inverno dando lugar a floração. As flores em forma de trombeta são numerosas, de coloração rósea ou arroxeada, de acordo com a espécie e despontam em volumosas inflorescências. A floração inicia-se no fim do inverno e no início da primavera. A frutificação posterior produz vagens de 25 cm verdes e lisas, que se abrem liberando as sementes aladas.


     Devem ser plantadas em sol pleno ou meia-sombra, em covas amplas, bem preparadas com esterco de curral curtido e NPK. Irrigações periódicas durante o primeiro ano de implantação são importantes. As árvores adultas são muito tolerantes a períodos de seca. O ipê-roxo aprecia climas quentes, mas pode ser cultivado em regiões subtropicais, tendo nestes casos uma redução na velocidade de crescimento. Multiplica-se por sementes e estaquia. 

     O ipê-roxo é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de crescimento moderado a rápido, que não possui raízes agressivas. Pode tornar-se inconveniente durante a queda das folhas ou flores, provocando sujeira na via pública ou ao alcançar a fiação elétrica ou de telefone, devido a sua altura, que podem ultrapassar 12 metros. Sua floração é maravilhosa e recompensadora e atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas.

   Seu tronco é elegante e oferece madeira de excelente qualidade, pesada, dura, de cerne acastanhado, própria para a fabricação de arcos de violino e instrumentos musicais, o que lhe rendeu o nome popular de pau-d'arco. Da casca extraem-se substâncias de uso medicinal. 




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ipê Amarelo



- Nome científico: Tabebuia chrysotricha 
- Nomes populares: ipê-amarelo, ipê-tabaco ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipê tabaco, ipê-amarelo-paulista, pau-d'arco-amarelo
- Origem: Brasil 
- Família: Bignoniáceas

- Ocorrência: do Espírito Santo até Santa Catarina, na floresta pluvial Atlântica 
- Luminosidade: sol pleno 
- Porte: Pode chegar a 8 metros de altura 
- Clima: quente e úmido 
- Copa: rala, com diâmetro um pouco maior que a metade da altura 
- Propagação: Sementes 
- Solo: fértil
e bem drenado
- Podas: recomenda-se apenas podas de formação
- Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos. 
- Época de coleta de sementes: outubro a novembro. 
- Fruto: legume deiscente. 
- Flor: amarela. 
- Crescimento da muda: médio. 
- Germinação: rápida.
 - Plantio: mata ciliar, área aberta.
- Observação: semear logo após a coleta, pois perde rapidamente poder de germinação. A cobertura das sementes nas sementeiras deve ser uma fina camada com substrato leve.
 Madeira: moderadamente pesada, resistente, difícil de serrar, de grande durabilidade mesmo quando em condições adversas. Utilizada na construção civil, própria para obra externas, como postes, cercas, peças para pontes, tábuas para assoalhos, molduras, tábuas, rodapés, etc.



      O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional. Desde então, o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.
      Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores. 
      Originária do Brasil é a espécie de ipê mais utilizada em paisagismo. Durante o inverno, as folhas do ipê-amarelo caem e a árvore fica completamente despida. No início da primavera, entretanto, ela cobre-se inteiramente com sua floração amarela, dando origem ao famoso espetáculo do ipê-amarelo florido. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada. As flores desta espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores. 
      É uma árvore extremamente ornamental, principalmente quando em flor; é a espécie de ipê mais cultivada em praças e ruas estreitas e sob redes elétricas em virtude de seu pequeno porte.








terça-feira, 2 de agosto de 2011

É tempo de Ipês...




Ontem floriste como por encanto, 
sintetizando toda a primavera; 
mas tuas flores, frágeis entretanto, 
tiveram o esplendor de uma quimera. 

Como num sonho, 
ou num conto de fada, 
se transformando em nívea cascata, 
tuas florzinhas, em sutil balada, 
caíam como se chovesse prata... 

(Sílvio Ricciardi) 


       Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos. 

       Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho.                               

      De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus. 

       Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval.
 


Aprenda a identificar seu Ipê:

Amarelo: Folhas felpudas pequenas, em geral em formação de folhas por ramo.

Roxo: Folhas lisas, às vezes serrilhadas na ponta, crescimento rápido.

Branco: Folhas arredondadas.

Rosa: Folhas grandes e suculentas, talos verdes e crescimento rápido.