segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manacá da Serra




Manacá - da - Serra

Nome Científico: Tibouchina mutabilis
Nome Popular: Manacá-da-serra, Manacá-da-serra-anão, Cuipeúna, Jacatirão
Família: Melastomataceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene


O manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da Mata Atlântica, que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco.
As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas, característica desta família de plantas.
            As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas têm 5 pétalas, desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa, até o roxo (conforme sua polinização) e tornam-se claras ao envelhecer. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores.
A floração ocorre no verão e a frutificação no outono. O fruto é pequeno do tipo cápsula que se abre espontaneamente, liberando pequenas sementes. Pode ser cultivada em regiões de clima ameno a quente.

Manacá - da - Serra anão

O manacá-da-serra é uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado uma variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida como 'Nana', alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da forma arbórea típica. Em regiões mais quentes, também pode ocorrer floração entre o inverno e a primavera. Pode ser conduzida em vasos.

O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes, estacas e alporques. A variedade 'Nana' (manacá-da-serra-anão) só pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade e atingir o porte arbóreo.
  
Dicas de cultivo:

É uma árvore que ocorre do Rio de Janeiro até Santa Catarina, mas que pela beleza de suas flores está sendo aclimatada em outras regiões.
Ao natural surge em encostas úmidas da Serra do Mar, sendo considerada pioneira em florestas secundárias.

Para plantar, abrir uma cova, sempre o dobro do torrão da muda;
Colocar adubo orgânico (esterco), bem curtido, em média 1 kg/muda, misturar bem o composto orgânico, se quiser pode acrescentar um pouco de areia, para drenar bem.
Pode–se acrescentar também matéria orgânica (folhas em decomposição) e farinha de ossos ou torta de mamona (100 gr).
Misturar tudo com a terra.
Colocar a muda no buraco e retirar a embalagem, com bastante cuidado para que o torrão não seja abalado.
Completar com a mistura ao redor e por cima, se necessário colocar um tutor   (estaca, pode ser de bambu), amarrar com cordão de sisal ou algodão, em formato de oito para não estrangular a planta quando esta crescer. Regar bem.
Importante mantê–lo irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Não deixar faltar umidade, que é fundamental aos Manacás, sendo bastante recomendável manter uma cobertura morta ao redor do caule.
Em solos muito compactados as dificuldades para desenvolvimento são bem maiores. Em mudas obtidas por estaquia os cuidados devem ser ainda maiores já que o sistema radicular é mais frágil. 
Quando cultivado em vasos a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.

Paisagismo e uso decorativo:

      Muito recente no paisagismo do sul esta árvore tem sido objeto de admiração em todos os lugares onde é cultivada. Bela, ornamental, vistosa.
      Ótima para ornamentação de praças e jardins.

Curiosidade:

 É uma planta nativa brasileira. E pode-se fazer cerca-viva dela, basta mantê - la na poda.