sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lichia...




A rainha das frutas


Região de origem: China
        - introduzida no Brasil em 1810.
Descrição Botânica: Planta subtropical
Família: Sapindaceae
Espécie: Litchi chinensis Sonn.
Subespécie de interesse econômico: chinensis
Clima favorável: frio e seco antes do florescimento e quente e úmido no resto do ano.
         - Temperatura ideal: 28-38ºC
         - Precipitação:1500mm



 A árvore que produz a lichia é considerada subtropical, tem vida longa e pode atingir até 12 metros de altura. Devido ao seu belo porte, atraente formato, folhas verde escuro e permanentes e principalmente devido a beleza da frutificação a lichieira é a árvore favorita para os jardins de residência no Hawaii, e em cidades da Califórnia como San Diego, San Francisco, Los Angeles, Monterey, Alhambra, etc.
Os frutos são produzidos em cachos, a casca é rugosa e de cor vermelha e fácil de ser descascada. A polpa é gelatinosa, translúcida sucosa e de excelente sabor, lembrando ao de uva itália e não é aderente ao caroço. Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de sucos, compostas e ainda para a passa.




A lichia é uma fruta ainda pouco conhecida dos brasileiros. Ela chegou ao país há poucos anos, adaptando-se bem ao clima brasileiro, principalmente em São Paulo, onde foram plantadas as mudas pioneiras. Essas mudas já estão produzindo frutos, considerados de excelente qualidade, garantindo bons resultados econômicos.
A produção de frutos, inicia-se do 3º ao 5º ano, mas somente a partir do 8º atinge a produção máxima. A colheita ocorre de novembro a janeiro, atendendo o mercado na época das festas natalinas, quando a procura e o preço são maiores. Futuramente, o Brasil poderá dominar o mercado mundial. A colheita, em outros países produtores, ocorre de maio a agosto. Assim, sem concorrência, o Brasil poderá abastecer o mercado mundial com lichias na época do Natal.



Existem vários tipos de lichia. No Brasil são produzidas as Bengal, Brewster e Americana. Já no Hawaii, a recomendação é que se cultive a Kwaimi, Kaimana e a Groff. No entanto, a indicação é que os pomares comerciais sejam formados a partir de mudas de propagação vegetativa, ou seja, mudas que não sejam oriundas da própria semente, pois estas demoram mais de 12 anos para dar início à produção.  O sistema mais utilizado é a alporquia, resultando em mudas de qualidade.

A lichia é uma planta de clima sub-tropical, entretanto, em nossas condições tem-se verificado que plantas novas não suportam geadas muito rigorosas. Por ser um planta de grande valor é viável  a sua proteção com telhados ou de outro material, durante o inverno, evitando-se danos com frio.
Em relação ao espaçamento entre uma planta e outra, é mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os lados para a plenitude de sua produção, a duas oi três  árvores encostadas uma na outra. Árvores com livre crescimento, sem o emprego de podas, necessitam espaçamento adensado de 7 metros entre plantas e linhas, utilizando-se podas constantes, visando o controle do tamanho das árvores.
As doenças não são problemas e com relação as pragas, eventualmente pode ocorrer brocas de tronco, a mariposa oriental nos ponteiros, ácaros, abelha arapuá ou irapua nos frutos. Praticamente não é usado agrotóxico e os frutos são colhidos livres de produtos químicos.
A manutenção das plantas é bastante simples. Deve ser feita através de roçadas, herbicidas, adubações e irrigação, que é fundamental, conforme a região.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cicas, os fósseis vivos do Reino Vegetal...



Cicas (Cycas revoluta)


Nome popular: Cica; Sagu; Palmeira-sagu; Sotetsu
Nome científico: Cycas revoluta
Família: Cycadaceae
Origem: Japão e Indonésia



A Cycas revoluta pertence à família Cycadacea. As Cycas, único gênero nessa família, são verdadeiros fósseis vivos, tendo sido muito abundantes no período jurássico. São de alto valor comercial e se dividem aproximadamente 65 espécies, dentre elas, se destacam: Cycas revoluta e Cycas circinalis. São de grande aplicação no paisagismo.

Podem atingir 2,0 m de altura, ou mais. Porém, seu crescimento é muito lento, cerca de 4 cm ao ano, por esse motivo é muito valorizada no mercado. Seu tronco lembra uma palmeira, lenhoso a semilenhoso, com ou sem ramificações. As folhas são grandes, dispostas em coroa, atingindo 1,20 m a 1,50 m de comprimento por 15 ou 20 cm de largura. Os folíolos numerosos são finos e rígidos de ponta aguçada.


A planta pode ser masculina ou feminina. A masculina tem no centro uma inflorescência amarela em forma de cone ovalado com aproximadamente 40 cm. 





A planta feminina desenvolve no centro uma inflorescência de cor amarela a alaranjada, com lâminas recortadas por uma penugem marrom. Cada lâmina apresenta um óvulo que se fecundado se tornará um fruto que quando maduro terá cor vermelha e formato de ovo. 


Ela multiplica-se pelas sementes formadas no ápice, mas principalmente pelas brotações laterais que surgem na planta adulta. Vai bem como planta isolada e em conjuntos no jardim ou em vasos.

Cuidados: As cicas se desenvolvem melhor em locais bem iluminados, sendo recomendável o plantio em sol pleno. Em clima mais quente ela pode ser plantada na meia-sombra. Podem ser plantadas tanto em clima quente como em clima frio. Suportam bem o frio e condições secas e úmidas. São geralmente pouco sensíveis à falta d'água. Devendo ser regadas com mais frequência nos períodos após o surgimento de novas folhas, porém sem deixar o solo encharcado.

Como reproduzir: Sua reprodução pode ser feita por sementes, cuja germinação e crescimento é muito demorado (podendo levar anos para germinar), ou por separação das brotações laterais. Vale lembrar que as brotações, depois de retiradas, devem ser secadas por vários dias em local fresco e seco para que não haja apodrecimento após o plantio.

Pragas comuns: Para fazer a manutenção desta planta, estar atento à presença de formigas e de cochonilhas, que costumam atacar a planta.
Caso surjam, usar óleo de nim dissolvido em água pulverizando em toda a planta. Para adubar, dissolver 1 colher de sopa de adubo granulado NPK formulação 10-10-10 em 1 litro de água e regar o solo do vaso que deverá estar úmido.






terça-feira, 11 de outubro de 2011

Torênia (amor-perfeito-de-verão)






Nome Científico: Torenia fournieri 
Nome Popular: Torênia, Amor-perfeito-de-verão, rubi 
Família: Scrophulariacae 
Divisão:Angiospermae 
Origem: Ásia Tropical 
Ciclo de Vida: Anual
O verão também pode ser uma estação de flores. A Torênia, também chamada de Amor Perfeito de Verão, promete deixar os jardins floridos como na primavera.
A Torênia é uma flor que pode ser plantada durante todo o ano, mas como se adapta muito bem a sol pleno, é especialmente indicada para os meses de calor. Ela pode ser cultivada em jardins, em canteiros e bordaduras. E como as plantas são bem compactas, também é indicada para cultivo em vasos.
De ciclo anual, alcança entre 15 cm e 25 cm de altura. Sua floração é uniforme e a durabilidade das flores é excelente. O ciclo da Torênia desde a semeadura até a floração é de 70 dias no verão e de 90 dias no inverno. As flores têm diâmetro entre 2 cm e 3 cm e a cor é sortida, com flores brancas, azuis, rosas e lilases.
As torênias são floríferas herbáceas e anuais de verão. Da família Scrophulariaceae, elas são aparentadas com as dedaleiras e as bocas-de-leão.
A ramagem é compacta e bastante ramificada, dando a planta um aspecto simétrico e arredondado. As folhas são glabras, verdes e opostas, com margens serrilhadas. As flores são abundantes, axilares e terminais. Elas são lindas, aveludadas, em forma de trompete, com corola azul e garganta branca-amarelada.


A floração se estende pela primavera e verão. Atualmente estão disponíveis muitas variedades de torênias, com portes diferentes, assim como plantas mais densas e outras pendentes.
 Há ainda uma grande diversidade de outras cores além do azul, desde o branco, passando pelo rosa, amarelo, roxo, violeta até o vermelho. No paisagismo elas substituem perfeitamente os amores-perfeitos no verão, formando belos e densos maciços e bordaduras. Também podem ser plantadas em vasos e jardineiras, e as variedades pendentes ficam excelentes em cestas suspensas.

Devem ser cultivadas sob sol pleno ou meia sombra, em solo humoso, drenável e irrigado regularmente. É interessante que se faça ainda o beliscamento das plantas dos ramos, para estimular o adensamento da planta.
Fertilizações semanais na primavera e verão são suficientes para um abundante florescimento. Aprecia temperaturas amenas, florescendo melhor nas regiões serranas e no sul do país. Multiplica-se por sementes, postas a germinar do outono ao início da primavera, e mais raramente por estacas.






quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Frutíferas



      Trabalhamos com uma grande variedade de mudas frutíferas, EXCETO CÍTRICOS (laranja, limão, mexerica, etc.)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Azálea....

 A flor que representa a “Alegria de amar”


Família: Ericáceas
Origem: China e Japão
Porte: Atinge até 2 m. de altura
Floração: inverno e início da primavera
Propagação: estacas de galho
Luminosidade: sol pleno/meia-sombra
Regas: Regulares, sempre que o solo estiver seco

As Azáleas são originárias do Japão e da China e as suas flores são o símbolo chinês da feminilidade. Têm como significado a elegância, a felicidade, a “Alegria de amar”.
Elas dão vida e cor a qualquer local onde estejam, podendo ser usadas como plantas ornamentais em jardins formando cercas ou compondo maciços, alegrando corredores e entradas ou mesmo plantadas num vaso.
As plantas nativas foram levadas para a Holanda e Bélgica, onde foram melhoradas geneticamente. Como resultado, entre as variedades hoje comercializadas encontram-se flores de coloração vermelha, rosa, roxa, branca e combinações destas cores (mescladas).
Às vezes florescem onduladas ou abertas em forma de taça. São lindíssimas e alegram a alma de quem passa.
A tradução literal do grego “azálea” significa “seco”. Porque a azálea antes de florescer parece mais um arbusto com alguns ramos secos. Durante muito tempo os botões da azálea permanecem semi-fechados, como se estivessem a esconder a beleza dos olhares das pessoas. Mas depois florescem em cores vivas. Cada pé de azálea pode conter cerca de 500 flores, que duram cerca de 18 dias. Mas todas as plantas dão flor durante dois meses a dois meses e meio.
Um dos segredos do seu sucesso é que a floração ocorre justamente nos meses de Inverno e traz um pouco de colorido num período em que a maioria das plantas se encontra em repouso.
A Azálea é um arbusto de flores classificadas no gênero dos rododendros. Uma das diferenças principais entre as azáleas e as demais espécies de rododendros é o seu tamanho e o da flor. Os rododendros desenvolvem inflorescências, enquanto a maioria das azáleas têm flores terminais - uma para cada caule. Apesar disso, brotam tantos caules que durante as estações em que florescem formam uma sólida massa colorida.
A forma mais conhecida da sua utilização encontra-se nos jardins paisagísticos do Japão e da China.

Dicas de Cultivo:

Solo: por ser um arbusto rústico adapta-se bem a qualquer tipo de solo, porém, para produzir uma floração exuberante, o ideal é cultivá-la em solos ácidos enriquecidos com matéria orgânica. Em solos ricos em matéria orgânica nem é necessário adubações periódicas.
Regas: evitar o excesso de água nas regas, o ideal é fornecer água à planta apenas quando o solo apresentar-se seco, sem encharcar.

Luz: preferem locais levemente sombreados, mas também podem ser cultivadas em plena luz solar. As azáleas não florescem dentro de casa e precisam de luz solar para crescerem bem. Para mantê-las em áreas internas, é necessário deixar as plantas fora de casa até que as flores se abram, aí podem ser levadas para dentro, mas é preciso que fiquem num local bem claro, próximo da janela.

Plantio:
 não é necessário plantá-las em covas exageradamente profundas, pois as suas raízes são superficiais. As adubações para acelerar o crescimento são desaconselháveis, pois podem produzir ramos muito longos e fracos com poucas flores. Uma boa cobertura morta após o plantio produz bom resultado no desenvolvimento das mudas novas.
Adubação: Floradas pouco exuberantes ou brotos que não crescem é sinal de falta de nutrientes para a azaléa. Adube uma vez por mês com a seguinte mistura:
· 1 parte de farinha de ossos
· 1 parte de torta de mamona
Se for utilizar fertilizante químico, dê preferência para aqueles ricos em fósforo (o P da fórmula NPK). Ou seja, escolha um NPK onde o P seja maior que o N e o K. Ex:  NPK de fórmula 4-12-4.


Controlando problemas:

Galhas – folhas e pétalas atacadas tornam-se espessas e deformadas apresentando, às vezes, manchas esbranquiçadas. As extremidades dos ramos também podem manifestar o problema, tornando-se “esgalhadas”. Controle: Elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do tipo Calda Bordalesa.
Oídio – A planta apresenta manchas esbranquiçadas na frente e verso das folhas e até no cálice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam coloração cinza escuro e começam a cair prematuramente. Controle: Reduza a quantidade de água nas regas, isole as plantas atacadas ou suspeitas e faça pulverizações com fungicida em casos mais severos.
Seca de ponteiros – Apresenta-se na forma de uma podridão marrom escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a haste principal. Pode provocar até a morte da planta. Controle: Faça a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta à base de oxicloreto de cobre.
Clorose – Toda a folhagem pode tornar-se amarela. Controle: Normalmente, o problema surge por deficiência nutricional. Deve-se observar a adubação correta, verificando se há carência dos nutrientes.
Ferrugem – Manchas semelhantes à ferrugem nas folhas acusam a presença de fungos. Controle: Aplique Calda Bordalesa

Propagação: por estacas de galho
Floração: Inverno e início da Primavera
Podas: devem ser feitas assim que terminar a floração, retirando os galhos em excesso e cortando as pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que se pretende. Para aumentar a próxima floração, eliminar as pontas de todos os galhos que floresceram nesse ano.

Curiosidade:
A Azálea é relacionada deusa Minerva, deusa da sabedoria, da razão, das artes e da guerra.
No paisagismo oriental, a azálea é a representação da esposa.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ipê Roxo


- Família: Bignoniaceae
- Gênero:
 Tabebuia
- Nome Científico: Tabebuia impetiginosa
- Nome popular: cabroé, graraíba, ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto, ipê-rosa, ipê-roxo-anão, ipê-uva, pau-d’arco, pau-d’arco-rosa, pau-d’arco-roxo, peúva, piuva.
- Origem: América do Sul
- Ciclo de Vida: Perene


      É o primeiro dos Ipês a florir no ano, inicia a floração em junho e pode durar até agosto, conforme a árvore. São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido.

    É comum a confusão entre as diversas espécies de ipê-roxo ou ipê-rosa, por este motivo e por razões práticas reuniremos informações comuns às espécies mais utilizadas na arborização urbana. O ipê-roxo é uma árvore decídua, característica das florestas semi-decídua e pluvial.


    Ocorre tanto no interior da floresta primária densa, como nas formações abertas e secundárias. Ele apresenta folhas compostas e palmadas, com 5 folíolos que caem no inverno dando lugar a floração. As flores em forma de trombeta são numerosas, de coloração rósea ou arroxeada, de acordo com a espécie e despontam em volumosas inflorescências. A floração inicia-se no fim do inverno e no início da primavera. A frutificação posterior produz vagens de 25 cm verdes e lisas, que se abrem liberando as sementes aladas.


     Devem ser plantadas em sol pleno ou meia-sombra, em covas amplas, bem preparadas com esterco de curral curtido e NPK. Irrigações periódicas durante o primeiro ano de implantação são importantes. As árvores adultas são muito tolerantes a períodos de seca. O ipê-roxo aprecia climas quentes, mas pode ser cultivado em regiões subtropicais, tendo nestes casos uma redução na velocidade de crescimento. Multiplica-se por sementes e estaquia. 

     O ipê-roxo é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de crescimento moderado a rápido, que não possui raízes agressivas. Pode tornar-se inconveniente durante a queda das folhas ou flores, provocando sujeira na via pública ou ao alcançar a fiação elétrica ou de telefone, devido a sua altura, que podem ultrapassar 12 metros. Sua floração é maravilhosa e recompensadora e atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas.

   Seu tronco é elegante e oferece madeira de excelente qualidade, pesada, dura, de cerne acastanhado, própria para a fabricação de arcos de violino e instrumentos musicais, o que lhe rendeu o nome popular de pau-d'arco. Da casca extraem-se substâncias de uso medicinal. 




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ipê Amarelo



- Nome científico: Tabebuia chrysotricha 
- Nomes populares: ipê-amarelo, ipê-tabaco ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipê tabaco, ipê-amarelo-paulista, pau-d'arco-amarelo
- Origem: Brasil 
- Família: Bignoniáceas

- Ocorrência: do Espírito Santo até Santa Catarina, na floresta pluvial Atlântica 
- Luminosidade: sol pleno 
- Porte: Pode chegar a 8 metros de altura 
- Clima: quente e úmido 
- Copa: rala, com diâmetro um pouco maior que a metade da altura 
- Propagação: Sementes 
- Solo: fértil
e bem drenado
- Podas: recomenda-se apenas podas de formação
- Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos. 
- Época de coleta de sementes: outubro a novembro. 
- Fruto: legume deiscente. 
- Flor: amarela. 
- Crescimento da muda: médio. 
- Germinação: rápida.
 - Plantio: mata ciliar, área aberta.
- Observação: semear logo após a coleta, pois perde rapidamente poder de germinação. A cobertura das sementes nas sementeiras deve ser uma fina camada com substrato leve.
 Madeira: moderadamente pesada, resistente, difícil de serrar, de grande durabilidade mesmo quando em condições adversas. Utilizada na construção civil, própria para obra externas, como postes, cercas, peças para pontes, tábuas para assoalhos, molduras, tábuas, rodapés, etc.



      O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional. Desde então, o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.
      Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores. 
      Originária do Brasil é a espécie de ipê mais utilizada em paisagismo. Durante o inverno, as folhas do ipê-amarelo caem e a árvore fica completamente despida. No início da primavera, entretanto, ela cobre-se inteiramente com sua floração amarela, dando origem ao famoso espetáculo do ipê-amarelo florido. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada. As flores desta espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores. 
      É uma árvore extremamente ornamental, principalmente quando em flor; é a espécie de ipê mais cultivada em praças e ruas estreitas e sob redes elétricas em virtude de seu pequeno porte.








terça-feira, 2 de agosto de 2011

É tempo de Ipês...




Ontem floriste como por encanto, 
sintetizando toda a primavera; 
mas tuas flores, frágeis entretanto, 
tiveram o esplendor de uma quimera. 

Como num sonho, 
ou num conto de fada, 
se transformando em nívea cascata, 
tuas florzinhas, em sutil balada, 
caíam como se chovesse prata... 

(Sílvio Ricciardi) 


       Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos. 

       Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho.                               

      De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus. 

       Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval.
 


Aprenda a identificar seu Ipê:

Amarelo: Folhas felpudas pequenas, em geral em formação de folhas por ramo.

Roxo: Folhas lisas, às vezes serrilhadas na ponta, crescimento rápido.

Branco: Folhas arredondadas.

Rosa: Folhas grandes e suculentas, talos verdes e crescimento rápido.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manacá da Serra




Manacá - da - Serra

Nome Científico: Tibouchina mutabilis
Nome Popular: Manacá-da-serra, Manacá-da-serra-anão, Cuipeúna, Jacatirão
Família: Melastomataceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene


O manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da Mata Atlântica, que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco.
As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas, característica desta família de plantas.
            As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas têm 5 pétalas, desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa, até o roxo (conforme sua polinização) e tornam-se claras ao envelhecer. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores.
A floração ocorre no verão e a frutificação no outono. O fruto é pequeno do tipo cápsula que se abre espontaneamente, liberando pequenas sementes. Pode ser cultivada em regiões de clima ameno a quente.

Manacá - da - Serra anão

O manacá-da-serra é uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado uma variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida como 'Nana', alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da forma arbórea típica. Em regiões mais quentes, também pode ocorrer floração entre o inverno e a primavera. Pode ser conduzida em vasos.

O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes, estacas e alporques. A variedade 'Nana' (manacá-da-serra-anão) só pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade e atingir o porte arbóreo.
  
Dicas de cultivo:

É uma árvore que ocorre do Rio de Janeiro até Santa Catarina, mas que pela beleza de suas flores está sendo aclimatada em outras regiões.
Ao natural surge em encostas úmidas da Serra do Mar, sendo considerada pioneira em florestas secundárias.

Para plantar, abrir uma cova, sempre o dobro do torrão da muda;
Colocar adubo orgânico (esterco), bem curtido, em média 1 kg/muda, misturar bem o composto orgânico, se quiser pode acrescentar um pouco de areia, para drenar bem.
Pode–se acrescentar também matéria orgânica (folhas em decomposição) e farinha de ossos ou torta de mamona (100 gr).
Misturar tudo com a terra.
Colocar a muda no buraco e retirar a embalagem, com bastante cuidado para que o torrão não seja abalado.
Completar com a mistura ao redor e por cima, se necessário colocar um tutor   (estaca, pode ser de bambu), amarrar com cordão de sisal ou algodão, em formato de oito para não estrangular a planta quando esta crescer. Regar bem.
Importante mantê–lo irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Não deixar faltar umidade, que é fundamental aos Manacás, sendo bastante recomendável manter uma cobertura morta ao redor do caule.
Em solos muito compactados as dificuldades para desenvolvimento são bem maiores. Em mudas obtidas por estaquia os cuidados devem ser ainda maiores já que o sistema radicular é mais frágil. 
Quando cultivado em vasos a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.

Paisagismo e uso decorativo:

      Muito recente no paisagismo do sul esta árvore tem sido objeto de admiração em todos os lugares onde é cultivada. Bela, ornamental, vistosa.
      Ótima para ornamentação de praças e jardins.

Curiosidade:

 É uma planta nativa brasileira. E pode-se fazer cerca-viva dela, basta mantê - la na poda.